Setor de serviços se reúne com o ministro Paulo Guedes


Cerca de 30 representantes do setor de serviços participaram nesta terça-feira (19) de uma videoconferência com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O encontro, organizado pela Frente Parlamentar em Defesa do Setor de Serviços, liderada pelo Deputado Laércio Oliveira (PP-SE), contou com a participação do presidente da ANSEGTV (Associação Nacional de Segurança e Transporte de Valores), Gabriel Damasceno.

Na reunião, foram discutidas propostas para a recuperação da economia pós pandemia de COVID-19 e medidas que garantam a manutenção e criação de novas vagas de trabalho.

Damasceno considerou o encontro bastante positivo. “Nos motivou bastante os planos do governo para a retomada econômica, quando a crise de saúde estiver sob controle”, avaliou.

Guedes falou ao grupo sobre os planos em andamento do governo que envolvem projetos de desoneração da folha de pagamentos, o parcelamento de impostos e outras ações de fomento ao emprego formal, que em breve deverão ser divulgadas.

Ministério da Saúde
Fonte: Agência Senado

Segundo o ministro, uma flexibilização da legislação pode garantir nos próximos três anos até 20 milhões de empregos. Desde o início do governo, Guedes sempre defendeu a modernização das regras trabalhistas, mais simples e com menos encargos.

Uma das demandas do setor de serviços é a liberação de depósitos recursais feitos pelas empresas em ações trabalhistas, hoje engessados. Na reunião, empresas e associações também manifestaram preocupação com crédito e pediram mais prazo para o diferimento de tributos.

O deputado federal Laércio Oliveira (PP-SE), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor de Serviços, defendeu a reedição da MP do Contrato Verde e Amarelo, que acabou perdendo sua validade. O ministro citou que o governo deverá apresentar em breve uma nova MP sobre o assunto, porém bem mais abrangente com o intuito de incentivar fortemente a criação de novos empregos formais.

Em breve também deverá ser enviada ao Congresso a Reforma do PIS/Cofins, a qual o setor de serviços se colocou à disposição para ajudar na formulação do texto.

Laércio concorda com a unificação dos dois tributos, mas defende faixas variadas de acordo com o setor.

“Por exemplo, o setor com preponderância de mão de obra poderia compensar mais para que não houvesse aumento de impostos e que possamos proteger os empregos”, disse Laércio.

A Reforma Tributária também foi tema da videoconferência. Laércio lembrou ao ministro que estava tratando do assunto com a assessora especial do Ministério da Economia, Vanessa Canado.

“Apresentamos uma sugestão de emenda com alíquotas variadas”, afirmou Laércio, acrescentando que as negociações estavam avançadas, mas que a pandemia mudou toda agenda política e econômica.